Alimentação vegetariana | Para crianças: sim ou não?

02 Outubro 2015

Em primeiro lugar, na Roda dos Alimentos, surgem os cereais (com respetivos derivados e tubérculos), com a recomendação de quatro a 11 porções diárias. Depois aparecem as hortícolas e as frutas com proporções equivalentes - três a cinco porções - e que agora aparecem separadas na Nova Roda dos Alimentos para reforçar a sua importância. Cumprir estas recomendações abre-nos caminho para uma alimentação saudável e apresenta a base para uma alimentação vegetariana. Mas será que devemos privar as crianças de todos os alimentos de origem animal? O Observador foi consultar a opinião dos especialistas.

"Embora seja consensualmente aceite que uma alimentação vegetariana bem planeada é uma opção válida na idade adulta desde que se dê a devida atenção a certos nutrientes chave como as proteínas, os ácidos gordos ómega 3 e algumas vitaminas e minerais, a sua adequação à idade pediátrica é discutível e controversa", refere a Comissão de Nutrição da Sociedade Portuguesa de Pediatria (CN/SPP) na Acta Pediátrica Portuguesa (volume 43, número 5).

Alejandro Santos, membro do conselho jurisdicional da Ordem dos Nutricionistas, não descarta que seja possível este tipo de alimentação, mas alerta que se requer uma seleção muito criteriosa de alimentos para que não falte nenhum nutriente essencial ao desenvolvimento das crianças. O professor da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto lembra ao Observador que este tipo de cuidado com uma alimentação diversificada e equilibrada é válido tanto para crianças como para adultos.

Notícia | O Observador